Mauro Mota e a arte de fazer amigos e conservá-los para sempre

Filho Eduardo Mota relembra a marcante personalidade do poeta durante homenagem na APL

Por iniciativa da Companhia Editora de Pernambuco e da Academia Pernambucana de Letras, Mauro Mota está sendo homenageado com a revista Pernambuco, número 12, edição de dezembro, pela passagem dos seus 40 anos de morte.

Apesar do tempo e da falta que continua fazendo a todos aqueles que privaram de sua marcante personalidade, a sua presença faz-se próxima. Os seus passos continuam a deixar rastros no Recife que tanto amou, na sua poesia tocando o Capibaribe e nos cajueiros em flor, neste dezembro de lembranças e saudades.

Mauro Mota foi um humanista com uma percepção voltada para o mundo e para a vida. Um homem plural, de múltiplas capacidades, então à frente do seu tempo. O geógrafo, o administrador público, o jornalista, o poeta de que tanto já se falou, e sobretudo o notável contador de histórias, o brincalhão encantador, o fino ironista, o observador da vida (mesmo no que ela guarda de mais insignificante), o criador de verdadeiras charges vivas, o detentor da arte de fazer amigos e conservá-los para sempre. O homem de convivência enriquecedora que tinha a qualidade de expandir se, porque sabia valorizar todos os minutos do seu tempo.

Nós, sua família, que convivemos e continuamos a conviver com ele, agradecemos profundamente essa homenagem tão marcante e significativa e reconhecemos com sincero respeito a valorosa contribuição da companhia editora de Pernambuco para a eternização dessa presença.

Finalizo, citando-o neste momento: “a morte muitas vezes junta mais do que separa os que foram dos que ficam”.