Da I Bienal do Livro, realizada em 1983, até a Rio 2025, ponto culminante do Rio de Janeiro como Capital Mundial do Livro, muitas páginas foram viradas no vasto mundo do mercado editorial brasileiro, cujo eixo pendeu para São Paulo no final do século passado.
São mais de 40 anos de história. A edição deste ano, que ocorre uma vez mais no Riocentro, tem tudo para vir vitaminada. A programação ainda está em fase de discussão e elaboração, mas a equipe de curadores já foi definida, com nomes de peso nos segmentos em que atuam. “A Bienal do Livro Rio é um espaço onde as ideias se encontram e se transformam, e nada representa melhor essa dinâmica do que a diversidade da nossa curadoria”, afirma Tatiana Zaccaro, diretora da GL Events Exhibitions, responsável pela Bienal do Livro Rio 2025.
Os nomes escolhidos possuem bagagens distinas e grande projeção pública. Comentarista da Globonews, a jornalista Flávia Oliveira tem um foco voltado para as questões sociais e culturais. Rosto conhecido do cinema, do teatro e da TV, e que já comandou programa de entrevista, o ator Lázaro Ramos leva para a Bienal sua trajetória de resistência e a experiência na promoção de diálogos. Diretora artística da Bienal de 2023, a jornalista e roteirista Bianca Ramoneda foi responsável pela inclusão de novos formatos que renovaram o público do evento e está no time de curadores do Café Literário. As conexões entre a cultura e a sabedoria popular e das ruas e a literatura passarão pela curadoria do historiador social Luiz Antônio Simas, que estreia como curador, depois de ter feito sucesso na edição anterior com o Botequim do Simas. Enquanto a relação entre literatura e audiovisual, que tem cada vez mais apelo, fica a cargo da dupla formada pelas experientes Rosane Svartman e Clélia Bessa.
Para pensar a programação do público jovem do Palco Apoteose, foi convidada mais uma vez a escritora Clara Alves, autora dos best-sellers Conectadas e Romance real. Também de olho na nova geração de leitores, a Bienal Rio 2025 convidou para a curadoria Pedro Pacífico (conhecido como Bookster), um dos principais influenciadores na seara dos livros no país; e a escritora Thalita Rebouças, uma reconhecida escritora de best-sellers da literatura infantojuvenil, que estreou como autora numa Bienal. O curador do espaço dedicado aos quadrinhos e à cultura pop será Sidney Gusman, referência do universo geek no Brasil.
As sessões de autógrafos com autores nacionais e internacionais, que garantem todo o bochicho, clicks e likes, fazem parte da tradição de toda e qualquer bienal ou feira literária. Na Bienal Rio 2025, além de rodas de diálogos ou bate-papos, lançamentos de livros, música, performances, estão sendo criados espaços e atrações no Book Parque. Entre elas estão: a “Leitura nas Alturas”, uma roda-gigante que traz personagens e trechos de livros contados em áudio, e o “Labirinto de Histórias”, espaço interativo onde os livros ganham vida de forma lúdica; a “Praça Além da Página”, na área externa do Riocentro, inspirada na Ágora da Grécia antiga, vai promover encontros de fãs, entrevistas, dinâmicas, saraus, celebrações e música; e o “Escape Room Literário”, para leitores que gostam de jogos, mistérios, enigmas e desafios, baseados em obras de thrillers de sucesso.
