Celebrando a literatura feita em língua portuguesa, a 13ª edição do Prêmio Literário José Saramago consagrou o escritor portugues Francisco Mota Saraiva e sua obra Morramos ao menos no porto, como grande vencedor. Com a vitória, Saraiva recebeu o valor de € 40 mil e também terá sua narrativa publicada nos países de língua portuguesa, já em 2025. Em Portugal, o novo livro do escritor será editado pelo Grupo Porto Editora, e no Brasil, pela Globo Livros.
A cerimônia do prêmio, promovido pela Fundação Círculo de Leitores com o apoio da Fundação José Saramago, da Porto Editora e da Globo Livros, aconteceu no Centro Cultural de Belém (CCB), local onde o próprio José Saramago foi homenageado depois de receber o Nobel de Literatura, em 1998.
Na cerimónia, a vencedora do ano de 2003, Adriana Lisboa, elogiou a nova obra de Saraiva por possuir "um estilo muito próprio, quase um idioma particular”, instigando também a curiosidade dos leitores, que ainda não podem apreciar a obra.
Com uma trajetória bastante recente no mundo literário, Francisco Mota Saraiva nasceu em 1988 na cidade e Coimbra, formou-se em Direito e possui mestrado em Direito e Gestão, Morando em Lisboa, capital portuguesa, e trabalhando como jurista e consultor, ele adentrou oficialmente no mundo da escrita quando recebeu uma bolsa de criação literária, pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas e uma residência literária pela Fundação Eça de Queiroz, que culminou em seu primeiro livro publicado: Aqui onde canto e ardo. Com sua primeira obra, Francisco recebeu o Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís em 2023 e agora em 2024, recebe o grande Prémio José Saramago com sua obra inédita.
Criado como uma maneira de homenagear o único escritor de língua portuguesa a ganhar o Nobel de Literatura, o Prêmio José Saramago busca estimular a criação literária de novos autores lusófonos e já premiou grandes nomes do mercado literário, tais quais, Valter Hugo Mãe, Adriana Lisboa, Andréa del Fuego, José Luís Peixoto, Ondjaki e Julián Fuks.
