Ayres sobre o tema Portões e Grades do Recife Velho. assinando os textos de um tema memorialístico bem ao seu gosto para uma tiragem de luxo de apenas 100 álbuns.
Visando uma maior popularização da arte, Ranulpho lançou vários trabalhos em serigrafia dos artistas com quem trabalhava, com grande aceitação.
Em maio de 1972, o marchand mudou de endereço e abriu a Galeria Ranulpho no subsolo de Hotel Miramar, aproveitando a expansão do bairro de Boa Viagem, onde ficou até 1975, quando se transferiu para uma ampla casa na Rua dos Navegantes.
Uma das relações profissionais mais produtivas de Ranulpho foi com o pintor Wellington Virgolino, de quem foi marchand exclusivo. O marchand tinha uma relação muito franca com o artista tanto comercial quanto na discussão das séries temáticas das exposições que realizaram longo de duas décadas.
Ranulpho também atuou de forma decisiva para Vicente do Rego Monteiro sentir entusiasmo novamente em voltar aos pincéis e expor no Recife. Entre os artistas de primeira grandeza do modernismo pernambucano com os quais Ranulpho trabalhou encontra-se ainda Cícero Dias, que realizou uma exposição comemorativa dos seus 80 anos na Ranulpho.
Em 2 de outubro de 2001, a Galeria Ranulpho se mudaria para seu último e definitivo endereço, na Rua do Bom Jesus, no Bairro do Recife, um imóvel datado de 1871 e que foi a primeira sede do Banco do Brasil no Recife. Ranulpho continuou seu incansável trabalho de marchand, buscando novos artistas para se somar com o seu acervo de obras de nomes consagrados, promovendo exposições individuais e coletivas. Nos últimos tempos, a galeria vinha sendo gerenciada pela neta Rafaela e por Marinez Oliveira, sob a supervisão de Ranulpho. Até o fim da vida, fez do comércio a sua vida, como confessou. Um mercador de beleza.