Morre o poeta Affonso Romano de Sant'Anna, aos 87 anos

O escritor mineiro Affonso Romano de Sant’Anna morreu nesta Terça-feira Gorda, aos 87 anos, em sua residência, em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro. Era viúvo da também escritora Marina Colasanti, que faleceu em janeiro deste ano. O poeta, cronista, crítico literário e professor convivia com o mal de Alzheimer desde 2017 e estava acamado desde 2020. Ele deixa mais de 40 obras publicadas e foi uma voz importante na resistência contra a ditadura militar que tomou o poder no País em 1964. A informação foi confirmada pela família.

Nascido em Belo Horizonte em 27 de março de 1937, Affonso Romano de Sant’Anna formou-se e, Línguas Neolatinas pelaUniversidade Federal de Minas Gerais, em 1962. Em seu doutorado, sete anos depois, defendeu uma tese sobre o conterrâneo Carlos Drummond de Andrade.

Em sua carreira acadêmica, dirigiu o Departamento de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Pùc-Rio). Como gestor público, presidiu a Fundação Biblioteca Nacional, de 1990 a 1996, ocasião em que instituiu o Programa Nacional de Incentivo à Leitura.

Na sua vasta bibliografia destacam-se os livros o A vida é um escândalo, Que país é este? e outros poemas, A Catedral de Colônia e outros poemas, Política e paixão, Sísifo desce a montanha, O homem e sua sombra e Vestígios

O velório do corpo de Affonso Romano de Sant’Anna ocorre nesta quarta-feira, a partir das 14h, na Capela Hstórica do Cemitério da Penitência. Ele deixa uma filha, a roteirista e diretora Alessandra Colasanti, e um neto.

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