Mauro Mota: Um temperamento piadista

A pesquisa sobre aspectos pitorescos e cotidianos da vida em Pernambuco, como os apelidos coletados em Barão de Chocolate & Companhia, é uma prova do espírito brincalhão de Mauro Mota

O bom-humor e espírito brincalhão de Mauro Motta podem ser conferidos em um dos últimos livros lançados: Barão de chocolate e companhia (1983). É uma prova viva da capacidade do autor de produzir trabalhos centrados em temas relativos a Pernambuco, e de aprofundar-se em pesquisas ligadas ao pitoresco e ao cotidiano. Desta vez, o foco são os apelidos de personagens célebres do Estado. Desde o período colonial, até meados do século XX.

No que concerne ao período colonial, a pesquisa resgata alcunhas históricas. Lembra que Jerônimo de Albuquerque, irmão de Brites de Albuquerque e cunhado de Duarte Coelho, ficou conhecido como Adão Pernambucano devido suas proezas nos casamentos e na capacidade de procriação.

Primeiramente, conseguiu casar-se com Muira-Ubi, filha de um cacique tabajara que se tornou aliado dos portugueses. Com ela, teve oito filhos. Mais tarde, por ordem da rainha de Portugal, foi obrigado a abandonar a esposa indígena – que havia sido rebatizada de Maria do Espírito Santo Arcoverde – e realizar novo casamento com uma portuguesa, dona Felipa de Melo, que lhe deu mais 11 filhos. Constam na sua árvore genealógica outros cinco rebentos que teve com mulheres não citadas.

Nessa mesma perspectiva, Apolônia Pequena foi a alcunha de uma das mulheres de Jerônimo, cujo nome original é desconhecido. O livro, entretanto, dá pistas: ela teria sido mãe de Felipe de Albuquerque, segundo narra Pereira da Costa nos Anais Pernambucanos, fonte utilizada por Mota.

Nesse resgate do passado longínquo dos apelidos pernambucanos, Mota registra o nome de uma personagem pouco conhecida: Pagé, que é descrita como traidora a serviço dos holandeses. “Uma embusteira que, brandindo uma grande faca ou alfanje dizia: ‘Deixa-me chegar com estas unhas a esses cães que, para lhes romper o coração, sou tigre, ligeira onça para alcançá-los e sequiosa para lhes beber o sangue e devorar as carnes.’”

Na mesma cadência histórica, registra alcunha de Papa-Robalos, apelido dado ao judeu Antônio Dias que serviu de guia às barcaças holandesas, na invasão de Olinda. Da lista, não escapou nem mesmo a mãe de Fernandes Vieira, herói da restauração pernambucana, cujo nome não é revelado, mas a alcunha sim: Benfeitinha.

Célebres

O lado histórico é uma faceta interessante, mas não é a única perseguida por Mauro, que pretendia, certamente, admoestar seus contemporâneos. Nem mesmo o mestre e amigo Gilberto Freyre escapou da brincadeira. Bigodinho, Mauro Mota registra, era o apelido do sociólogo na juventude. Apesar de ressaltar que o termo era usado antes da publicação de Casa-grande & senzala, quando Freyre ainda era ciclista, frequentador do sarapatel do Duda no Mercado de São José e das brigas do Pátio do Carmo, Mota não esconde seu prazer em “cutucar” o amigo.

Por meio do livro, também é revelado que os deputados Andrade Lima Filho e Nilo Pereira, figuras políticas proeminentes da Assembleia Legislativa de Pernambuco, tinham um apelido compartilhado. Eram chamados de Irmãs Aciomã, dupla de cantoras da TV Jornal do Commercio. E que Marco Maciel, que foi governador, senador e depois vice-presidente da República, era conhecido como Mapa do Chile, por sua performance longilínea. O apelido, ressalta Mota, foi colocado pelos colegas do Colégio Nóbrega, quando Maciel ainda era adolescente.

Da lista de personalidades, não foge nem o reverenciadíssimo Joaquim Nabuco, que, por sinal, é o que teria menos a reclamar. Mota garante que ele era conhecido como Quincas, o Belo, sem explicar exatamente as origens de tal adjetivo. Já a alcunha de Senador Hobigaut, dada ao Conselheiro Rosa e Silva, é explicada e detalhada: devia-se ao fato de mandar trazer de Paris caixotes de água de colônia para perfumar-se.

De qualquer jeito

Nas ramificações dos apelidos contidos na publicação, algumas são pura malandragem e esculhambação. Molecagens da época de Mauro Mota e das gerações anteriores. Ana Bolena foi a alcunha dada a Sylvio Rabello, um importante escritor pernambucano, contemporâneo de Mauro. O motivo, obviamente, não é explicado. Assim como fica apenas sugerido o apelido de Allan Kardec da Great Western dado ao também literato Manuel Araão. Ao que tudo indica, o senhor em questão era espírita.

Mas existem piores. Estácio Coimbra, governador de Pernambuco entre 1926 e 1930, era conhecido como Boca Mole. Manuel de Moraes Rego, prefeito do Recife no governo Barbosa Lima Sobrinho, como Chupa-Ovo e Curió sem Rabo – ou Elpidio de Figueiredo, famoso orador e diretor do Diario de Pernambuco, que morreu em 1922 como diretor do Jornal do Brasil.

Finalmente, o nome que dá titulo ao livro, Barão de chocolate, foi atribuído a Antônio Francisco de Paula e Holanda Cavalcanti de Albuquerque, o Visconde de Albuquerque, que era contra a Confederação do Equador. Em Casa-grande & senzala, Gilberto Freyre explica que esta alcunha devia-se aos traços negroides do barão (...) que conservam ventas chatas, beiços grossos…

No livro de Freyre, cita-se até o nome de quem repassou o apelido: dona Flora, mulher de Oliveira Lima.

Mulheres

Os verbetes que elencam mulheres conhecidas, na atualidade podem ser classificados como politicamente incorretos, mas é preciso contextualizar: nos anos 1980, a sociedade brasileira não lidava com as questões de gênero, Piada, para a geração de Mauro Mota e dos nossos pais, era algo sem limites e censura. O que hoje é bastante questionável.

De fato, apesar das personagens curiosas que aborda, o livro perdeu a chance de retratar grandes mulheres. A maioria dos verbetes refere-se a prostitutas, que certamente fizeram história, a exemplo de Iaiá Rabada, pioneira da instalação de cabaré e de relações sexuais modernas no interior de Pernambuco. Ou a personagens folclóricos, como Maria Capa-Homem, que habitava em Limoeiro e costumava focar no “alvo” para derrotar os “inimigos”. Reza a lenda que seu marido, Quinca Papo Mole, foi uma das vítimas da fúria da mulher.

Outra abordagem destinada às mulheres deve-se a sua beleza e sensualidade. Ernestina Dente de Ouro, figura dos pastoris, no decênio de 20, e Elvira Patativa, jovem e fascinante, são descritas por seu carisma e beleza.

O oposto acontecia com as que não possuíam atributos físicos. Uma certa Dona Feia, janeleira da Rua da Concórdia, foi biografada pelo historiógrafo Napoleão Barroso, que revela que, apesar da feiura, casou com o pianista de salão Britinho Seixas.

Observamos que o livro, apesar de não atender aos requisitos atuais, relacionados a gênero, é um curioso e surpreendente relato de personagens do período colonial, e de apelidos à moda antiga, que até poucas décadas faziam parte do cotidiano recifense. Portanto, deve ser encarado como o documento de uma época, que apresentava costumes e olhares diferentes.

apelidos

Mauro Mota coletou apelidos pernambucanos desde o período colonial
até meados do século XX para o livro Barão de Chocolate & Companhia

Allan Kardec da Great Western: o literato pernambucano Manuel Arão, membro da Academia Pernambucana de Letras entre 1909 a 1930, que era espírita.

Antônia Peituda e Bunda de Balaio: formaram o primeiro caso de lesbianismo em Limoeiro

Bacalhau com Cabeça: o ouvidor José Marques Bacalhau, um dos heróis das perseguições feitas aos moradores de Olinda na época da Guerra dos Mascates…quando uma tarde botou a cabeça na varanda do sobrado, um doido manso, de nome Pereira, começou a gritar: Coisa nova, raridade nunca vista: Bacalhau com cabeça! O apelido pegou imediatamente e ficou histórico

Bestalhão da Guerra: Sebastião do Rêgo Barros. Militar, matemático, deputado geral por Pernambuco

Bem-te-vi-chumbado: Oscar Amorim, por causa da ligeira inclinação lateral quando andava. Durante vários anos, presidente da Associação Comercial de Pernambuco

Bezerra das Antas: Lourenço Bezerra Cavalcante Albuquerque, fidalgo, cavaleiro da Casa Imperial

Bala Doida: Capitão Lyra, comandante da Cavalaria da Polícia Militar no Governo Manuel Borba

Branca de Neve: José Firmo, jornalista, redator do antigo vespertino A Noite.

Canjica de Cabrito: Adolfo Silva Neto, cirurgião-dentista e contemporâneo de Álvaro Lins, José Condé e Mário Leão Ramos no Ginásio do Recife

Carapuça de Onça: Manuel Ferreira da Silva, português radicado no vale do Moxotó no século XVIII

Cera do Santíssimo: motorneira dos bondes da extinta Pernambuco Tramways

Dondon Enfeitada: Ana Vitória de Sá e Albuquerque, da família dos antigos senhores de engenho Guararapes, em Jaboatão.

Ernestina Dente de Ouro: figura sensacional de pastoris em Caxangá, Poço da Panela, Madalena e Beberibe no decênio de 1920;

Frasquinho de Veneno: Antônio da Silva Souto, chefe politico de Garanhuns até a Revolução de 1930

Garrafus: Antônio Coelho da Paz, rei da boêmia do Recife no século 19

Iaiá Rabada: pioneira da instalação de cabaré e das relações sexuais modernas no interior

Jarricida: Gouveia de Barros pelo fato de mandar quebrar jarras (que abrigava mosquitos) nos quintais das casas

Lasca-Rabo: José Tavares de Oliveira, comerciante em Nazaré da Mata, nos anos 1920 e 1940

Mapa do Chile: Marco Maciel, devido à silhueta esbelta

Me-dá-o-pé: jornalista Rui Duarte, autor de pesquisa publicada sobre o frevo

Não-me-toques-que-eu-vou-de-creme: Jarbas Maranhão, membro da Academia Pernambucana de Pernambuco e conselheiro do Tribunal de Contas

Sherlock Holmes Pé de Chumbo: bacharel Jônatas Costa, chefe da polícia na administração de Severino Pinheiro

Vara de Virar Tripa: Madalena Guedes Pereira, mulher de Gilberto Freyre, quando estudante na Paraíba

Um homem afável, simples e brincalhão

A lembrança que a família e os amigos guardam de Mauro Mota é a da generosidade e de um intelectual sempre rodeado de livros.

Apesar das possibilidades de viajar e conhecer o mundo, diante dos trabalhos importantes que exerceu, Mauro Mota foi ao exterior apenas uma vez na vida. E por extrema necessidade: visitou os Estados Unidos, em 1984, a fim de fazer tratamento para o câncer que o vitimou naquele mesmo ano.

“Papai costumava dizer: “Quando eu passo da ponte de Camaragibe, eu já morro de saudades do Recife”. Ele era muito apegado à cidade e dizia que nada o atraia a sair daqui”, conta Teresa Motta, filha da segunda esposa do escritor, Marly Mota, e caçula da família.

Tanto Marly, que vai fazer 99 anos em janeiro, quanto os filhos Luciana (do primeiro casamento), Eduardo e Teresa, do segundo, usam a mesma expressão quando questionados sobre como era o poeta: um homem extremamente afetuoso e simples, humilde e brincalhão.

As peças que pregava nos amigos eram conhecidas. E são contadas até hoje pelos familiares. “Quando ele ainda era casado com Hermantine, na década de 1940, foi à Avenida Guararapes numa casa de frios. Papai e um amigo se encontraram. O amigo, que era dominado pela mulher, sugeriu a Mauro que comprassem um queijo do reino e o dividissem ao meio. E assim foi”, conta Eduardo Motta, que ouviu a história de Nilo Pereira.

Ao chegar em casa, a mulher o acusou de ter dado a outra metade do queijo para a amante. “Fez um escarcéu, exigiu esclarecimento, Prontamente, o amigo sugeriu que ela falasse com papai e confirmasse o que havia ocorrido. Quando ela o fez, obteve a seguinte resposta: ‘Diga a fulano de tal que não me meta nas patifarias dele’”, relembra Eduardo Motta às gargalhadas.

Outro episódio é recordado pelo escritor e acadêmico pernambucano Paulo Gustavo, que conheceu Mauro na infância, pois seus pais tinham um bom relacionamento com ele. Já adulto, cursando Letras na UFPE, teve a oportunidade de escrever um texto crítico sobre Elegias, passando a conviver com o escritor.

Foi nesse período que pôde conferir as brincadeiras do autor. “Mauro era de fato brincalhão e gostava de aprontar. Muitos amigos foram vítimas de suas pegadinhas. Um deles, meu ex-colega da Fundaj, já falecido, o antropólogo e médico Waldemar Valente, escreveu um pequeno livro onde recorda vários casos, chama-se As diabruras de Mauro Mota. Nem como doente terminal perdia a piada. Já internado, um amigo foi visitá-lo e, muito constrangido, não tendo muito o que dizer, deixou escapar o seguinte comentário: “Muito bom esse hospital, não é Mauro?”, no que foi retrucado: “Para quem visita”.

O próprio Waldemar foi alvo de Mauro Mota. Ao receber uma antropóloga norte-americana no então Instituto Joaquim Nabuco, recomendou que ela procurasse o antropólogo e tratasse do assunto com ele. Sabendo, porém, que a esposa de Waldemar era ciumenta, aprontou-lhe uma peça. Não só deu o endereço da sua casa, como recomendou à americana que, ao chegar lá, o chamasse de Vavá.

Muita gente

Graças aos relacionamentos do pai, os seis filhos cresceram num ambiente animado por intelectuais, escritores, amigos, tendo as casas cheias sempre aos finais de semana. A peixada de coco de Marly Mota era famosa. Nilo Pereira, Álvaro Lins, Chico Barbosa, José Condé, Renato Carneiro Campos, Gilberto Freyre, Lula Cardoso Ayres, Francisco Brennand, Laurênio Lima entre muitos intelectuais, frequentavam a casa, localizada na Rua Bento de Loyola, em Casa Amarela, para saborear a iguaria e desfrutar das conversas com Mauro.

A rotina do escritor durante a semana era diversa. Sobrecarregado de trabalhos e atribuições, ficava a maior parte do tempo trancado em seu gabinete, entulhado de livros.

“Ele tinha horror que as faxineiras mexessem no local. E um dia isso acabou acontecendo. Uma delas botou tudo no lugar, o que provocou a seguinte reação indignada de papai: É uma desorganização organizada!”, recorda-se Teresa.

Livros, aliás, não faltavam para ninguém na residência. “Lembro da coleção completa de Monteiro Lobato, da Tesouro da Juventude… lembro também quando pedi que papai me indicasse um livro, e ele me deu o exemplar de Menino de engenho, de José Lins do Rego”, conta Luciana Mota, que atualmente mora no Rio.

Eduardo também recorda que o pai lhe recomendou o mesmo Menino de engenho, quando questionado. “Ele adorava José Lins do Rêgo, Pedro Nava, autor de Baú de ossos, e Graciliano Ramos. Nos incentivava muito a ler”.

A própria Marly Mota, como escritora e pedagoga, influenciava os filhos à leitura. Ela chegou a publicar quatro livros: A janela, de 1987; O mundo e o carrossel e Além do jardim – ambos de 2009 -, e Pátio da Matriz, publicado em 2018. Após décadas vivendo com o marido, também passou a amar a escrita.

Encontros e desencontros

Mauro Ramos da Motta Albuquerque – que retirou o segundo “t” do sobrenome Motta – nasceu no Recife, filho de José Feliciano da Motta e de Aline da Motta e Albuquerque, em 1911. Aos dois meses, devido a problemas financeiros, a família mudou-se para Nazaré da Mata, onde tinha um engenho e parentes influentes.

O pai de Mota morreu quando ele tinha apenas 12 anos, deixando a mulher grávida do décimo primeiro filho. Aos 16 anos, perdeu a mãe, época em que retornou ao Recife para morar com os avós.

Conheceu, no final da década de 1930, a primeira mulher, Hermantine, que morreu de câncer de mama, em 1947. Todos que conviveram com ela recordam a beleza da musa de Elegias.

“Hermantine era de uma beleza dramática e podia-se dizer que havia qualquer coisa de estranho, porque tinha os olhos muito negros, o cabelo muito negro, usava um cabelo escorrido. Era realmente uma mulher lindíssima. Era muito jovem, mas dava até a impressão de ser mais velha pelo tipo de beleza que ela era, alta, muito esbelta, muito morena. Era realmente linda”, descreveu a escritora Rachel de Queiroz, ao proferir o Discurso da Saudade que a Academia Brasileira de Letras fez em homenagem a Mauro, após seu falecimento.

A filha Luciana, que junto a Roberto, o primogênito da família, foram frutos do primeiro casamento, não tem lembranças claras da mãe, pois ainda não tinha dois anos quando ela faleceu. Mas para Luciana o pai dedicou três poemas. A “Elegia nº 10” e “Epitáfio”. “Gosto muitíssimo do ‘Epitáfio’. Sou citada, ainda, no poema ‘A gaveta’, do livro Os Epitáfios.”

Menos de dois anos após a morte de Hermantine, Mauro casou-se com Marly Mota, que conta como se conheceram: dentro de um ônibus.” As pessoas foram descendo do ônibus e ele sentou-se ao meu lado. De repente disse: “Você não é daqui, está em trânsito?”. Saí do veículo, ele veio atrás de mim, mas não dei nem até logo”, recorda.

Tempos depois, novo encontro, por coincidência: “Ele vinha do Diario, na Rua Nova, e eu ia no sentido contrário. Aí ele parou e uma amiga que estava comigo disse: ela não pode conversar porque tem dentista na Rua Duque de Caxias. Eu rodei, rodei, rodei, e quando cheguei no dentista, ele estava me esperando, cheio de livros para me dar. Aí ele perguntou se podia conversar comigo, se podia ir na minha casa”, conta Marly.

O fato de Mauro Mota ser viúvo, a deixou assustada. Mas ela conta que por ele ser intelectual, ficou muito interessada. Quando o escritor visitou sua família, o pai de Marly questionou do que se tratava, pois a diferença de idade entre ambos era grande. Marly nasceu em 1926, Mauro em 1911. “Foi quando ele falou que a intenção era casar, e cinco meses depois disso casamos, em 24 de fevereiro de 1949”, dia em que a mãe dela fazia bodas de prata. Mauro iria completar 38 anos. Marly tinha feito 22. Da união nasceram Mauricio (falecido em 2019), Eduardo, Sérgio e Teresa. “Mauro foi formidável, fui muito feliz com ele”, finaliza Marly.