A Cepe, no seu processo de propor um resgate da literatura do Estado, lançou uma edição reunindo a obra poética do jornalista e escritor Orley Mesquita (foto), que integrou a Geração 65, responsável por trazer um fôlego novo para a nossa poesia. O livro conta ainda com homenagens para o autor, são os casos dos poemas dedicados a ele e escritos por Everardo Norões e por Marcus Accioly. Sobre Orley, Norões ressalta em seus versos: “Sempre um átomo a pulsar/ no vidro,/ no sexo,/ nos móveis de casa:/ a substância mais viva/ do esquecimento”. A edição conta com prefácio de Anco Márcio Tenório Vieira, professor do Departamento de Letras da UFPE, que aponta: “A leitura dos poemas de Orley revela outras facetas, outras sutilezas no que diz respeito às relações entre memória e morte, entre a memória e o verbo que a fixará em versos. Seus poemas também denotam que o seu tempo (que é também o nosso) é o da efemeridade das coisas, e que a memória desse tempo termina por ser tão transitória quanto os signos que denotam o seu (e o nosso) tempo”.