Escritores como Stephen King e outros da linhagem chamada “nerd” foram execrados pela crítica brasileira, mas lidos e amados pelos jovens, sobretudo na década de 1990. Influenciaram gerações, mesmo quando eram torpedeados pelos pais. Mas os meninos e meninas não pararam aí, leram e aprenderam com outros escritores fundamentais para o pensamento humano, como o velho e bom Dostoiévski. Além de José Saramago, o exemplar romancista português. Aceitando e trabalhando a influência dos dois, a jovem escritora Juliana Costa (foto) escreveu e publica agora o respeitável Idade do Sangue — Agnus Dei —, que conta a história de mulheres extraordinárias, envolvidas com vampiros e monstros, seguindo a linhagem da moda atual para adultos e adolescentes. Mesmo assim, percebe-se, com clareza, a estreia de uma escritora verdadeira, que tem muito o que dizer, e que tudo será dito a seu tempo. Destaque-se a capacidade de criar personagens, o diálogo ágil e verdadeiro, o envolvimento da história, com um enredo que seduz o leitor. O amadurecimento lhe dará maiores condições para se tornar uma autora de alto nível.
A força de um enredo
- Detalhes
- Categoria: Resenhas