O Rio de Janeiro é um cartão-postal, a obrigação de um verão de 365 dias, a encarnação de uma boemia incansável e superior a qualquer excesso, tudo isso mais que uma simples cidade. Assim faz todo sentido que, a cada ano, uma nova edição do guia Rio Botequim – perceba não é um guia de restaurante ou hotel, e sim de botequins, da dupla imbatível cerveja gelada e gordura. O autor Guilherme Studart, junto com uma equipe (que nem o fígado do maior dos cariocas é imbatível), percorreu os botequins classe A e os “pega-bêbo” que fazem a lenda do Rio de Janeiro.

O legal do livro é o grau de intimidade de Studart com o assunto tratado. Ele, por exemplo, chama pelo nome os garçons e os trata com um carinho quase fraternal. Não é para menos. Esses profissionais podem transformar sua petiscagem no sétimo céu ou no último dos infernos. Mas o melhor aqui é o tratamento gráfico do livro, com cores e imagens fortíssimas, capazes de ressuscitar a boemia até do mais incauto dos mortais. Leia com moderação.