Ideias revolucionárias, quanto mais inspiradoras, mais chances têm de se tornar motivo de decepções e rancores entre seus seguidores. Esse é o retrato que Peter Biskind faz da geração cinematográfica norte-americana dos anos 1960, em Como a geração sexo-drogas-e-rock’n’roll salvou Hollywood – Easy riders, Raging bulls.
O livro, lançado em 1998, registra a guerra de egos, o contexto cultural e o processo de reinvenção dos papéis na maneira de se fazer (e de se vender) cinema. Editor e jornalista de revistas como American Film e Premiere, Biskind seguiu de perto o nascimento do chamado “cinema de autor nos EUA”, influenciado tanto pela contracultura americana como também pelo trabalho de diretores do naipe de Godard e Antonioni.
No final, fica a impressão de que, nessa época, os filmes foram realizados com tamanha intensidade, que podiam custar com a carreira dos seus realizadores. (Flávio Pessoa)
Cenas de uma geração
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