A Editora UFMG acaba de lançar a antologia poética Papel passado, de Libério Neves, reunindo poemas de oito livros publicados mais três inéditos: Longe, a terra; Elegiário do vento e Lira madura. Goiano radicado em Minas Gerais, Libério oscila do simbolismo ao concretismo mas sempre, segundo Fabrício Marques, que assina o texto de apresentação do livro, sendo sobretudo “um gentleman do verso: há uma classe, uma elegância que ele empresta ao que é dito e no como é dito, promovendo algo assim como um encantamento das palavras”. Poeta na primeira pessoa, Libério Neves explora o ser nas múltiplas nuances do humano, sempre com refinamento. Como ele diz: “sou mudo e sou vós/ em uma voz que passa/ e falo de ser pois/em cinza e brasa”.