Criador do conceito de desconstrução, termo já tão banalizado que até chefes de cozinha televisivos o usam indiscriminadamente, o filósofo francês Jacques Derrida (1930-2004) é visto como um cultor de um texto propositalmente obscurantista, tanto quanto seu colega Gilles Deleuze (1925-1995). Pois bem, como Deleuze, Derrida também prega que filosofar hoje em dia consiste, muitas vezes, em comentar como outros pensadores abordaram os temas que os interessam. Este é o assunto de Derrida, um egípcio, do alemão Peter Sloterdijk (Editora Estação Liberdade). Nele, o autor analisa as observações de Derrida a respeito de Freud, Thomas Man, Hegel, Régis Debray, Luhmann, Franz Borkenau e Boris Groys, além do seu propósito de não se deixar fixar numa identidade fechada.