Humberto de Campos (1886-1934) foi uma celebridade no seu tempo. Hoje está completa e, segundo muitos, justificadamente esquecido. Mas o que dizer de autores como o baiano Adonias Filho (1915-1990), tido como narrador vigoroso, grande estilista e renovador formal do romance, e o goiano José J. Veiga (1915-1999), considerado um dos maiores autores em língua portuguesa do realismo fantástico? Por que ninguém tem a iniciativa de relançar em novo projeto gráfico a obra destes autores? Será que as editoras se deixaram contaminar pelo imediatismo que cria produtos já perecíveis em sua origem, para manter o consumismo? Mas não estaria a boa literatura isenta destes imperativos do capital? Adonias e Veiga são apenas dois exemplos de autores que estão merecendo uma releitura.