A perversão, o desvio e o erro podem ser uma tomada de atitude de determinados escritores para alcançar o reverso dos valores estabelecidos e colocá-lo como opção válida, principalmente no que diz respeito à literatura. Esta é, em linhas gerais, a tese defendida por Eliane Robert Moraes no livro Perversos, amantes e outros trágicos(Editora Iluminuras). Nele a autora aborda livros como Lolita, de Vladimir Nabokov (foto), A história do olho, de George Bataille, entre outros. Traz à baila o fato de como Guillaume Apollinaire resgatou em 1909 a obra do Marquês de Sade, através de uma sistemática reedição de suas obras, jogadas para o limbo pelo pensamento conservador que imperava na literatura francesa. Para Eliane o trabalho desses transgressores foi fundamental.