Curitiba já tem uma “tradição de ruptura”, através de nomes como Jamil Snege, Valêncio Xavier, Wilson Bueno, Paulo Leminski e Manoel Carlos Karam. Eles fazem literatura de vanguarda ou experimental. Ou, ainda, como se diz contemporaneamente, literatura de invenção (ou de transgressão). O grande padrinho deles é o Joyce de Ulissese Finnengans Wake. Têm Oswald de Andrade como precursor no Brasil, e como obras mais celebradas, Catatau, de Leminski e Galáxiasde Haroldo de Campos. Não é uma literatura fácil, ao contrário, exige muito do leitor, por isso é de se admirar a coragem dos jovens que criaram, em Curitiba, a Editora Encrenca – Literatura de Invenção, dedicada exclusivamente a autores experimentais, e que já prepara lançamentos para este ano.