Você lê aqui o décimo primeiro (e penúltimo) conto da série Botão Vermelho, uma parceria do Pernambuco com o Instituto Serrapilheira que une literatura e ciência para pensar novos mundos. Clique aqui e acesse o editorial da série, escrito pela curadora e editora Carol Almeida, e os dez textos publicados antes.
No conto abaixo, assinado pela escritora Veronica Stigger, palavras em vermelho indicam informações científicas. Clique em cima delas para conhecer mais dados.
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Somente depois que se fez silêncio no mundo foi possível distinguir com alguma nitidez o coro dos vulcões. Mesmo assim, nem todos os sobreviventes eram capazes de escutá-lo. Às vezes chegava a pensar que só eu os ouvia. Eu e os mortos. Não que fosse um infrassom, mas sua frequência fugia àquelas normalmente captadas pela maioria dos ouvidos humanos. Era preciso ter uma percepção mais aguda para estar apto a discerni-la ― não necessariamente uma audição de morcego, talvez uma próxima à de lobo, como era a minha. O som gerado pelos vulcões não lembrava em nada qualquer som produzido pelo aparelho fonador humano. Tampouco havia algum aspecto que remetesse ao som emitido pelos animais. Também não era como os demais sons gerados pela natureza, como o trovão mais violento, ou o tambor do vento batendo na janela nos dias mais frios do inverno, ou a metralha da tempestade caindo sobre um teto de zinco, ou as ondas do mar se chocando contra as pedras nos dias de ressaca, ou o rio correndo, ou o volume colossal de água da cachoeira despencando violentamente, ou as folhas das árvores tremulando nas florestas, ou o fogo crepitando, ou as asas dos pássaros se agitando. Muito menos se configurava como um som artificial, como o dos fogos de artifício, das buzinas dos carros, de uma porta batendo, de uma âncora sendo lançada ao mar, de um martelo golpeando um prego na parede, de um chocalho de xamã, de sinos de uma igreja, de uma britadeira furando a calçada, de uma moto acelerando a toda velocidade, de qualquer instrumento musical, de um espanta-espírito agitado pela brisa. Era outra coisa: um ruído contínuo ao qual, por vezes, a intervalos de tempo difíceis de ser determinados, se sobrepunham sons que se tornavam paulatinamente mais graves para, em seguida, ir subindo aos poucos no espectro acústico até atingir o mais agudo. Qualquer comparação seria imprecisa, porque não se parecia com nada que conhecemos. Mesmo assim, continuarei tentando dar conta do que ouvi. Quando grave, lembrava sons guturais, muito provavelmente produzidos pela garganta dos vulcões (as paredes internas do cone que, em sua extremidade superior, como uma boca, se abre para o mundo). Quando agudo, soava um tanto abafado como um apito tocado por alguém encerrado dentro de um grande e volumoso cobertor de feltro, ou debaixo de uma enorme caixa de papelão. Por vezes, soava como o barulho de um corpo se chocando com o chão duro de um vale depois de cair de um despenhadeiro. Não era um som alto. Diria até quase imperceptível. Não era portanto como o grito de um vulcão entrando em erupção, o grande grito da natureza, como alguém o definiu outrora. Pelo contrário, tinha a impressão de que aquele coro só podia ser entoado em estados de profunda calmaria. Era um som discreto e algo melancólico. Embora quase inaudível, era potente. Não sei dizer se era bonito. Talvez porque não se encaixasse em nossas categorias estéticas, ou talvez porque eu não soubesse mais discernir o que era belo. Certamente, não era grosseiro, mas também não chegava a ser agradável. Era um som que envolvia os poucos que o escutavam: constante, parecia, depois de um tempo, se integrar aos nossos próprios pensamentos, como se fizesse parte deles ou como se os controlasse. Se fosse preciso defini-lo com um único adjetivo, diria que era um som fascinante. Sentia-me, ao escutá-lo, como uma fera domada pela música de Orfeu. Não queria deixar de ouvi-lo. Não podia deixar de ouvi-lo. Tinha a impressão de que, se o fizesse, algo de ruim aconteceria. Ao mesmo tempo, temia que o próprio coro fosse um sinal pouco auspicioso. Isso se de fato fosse um sinal. Poderia ser apenas um som, um coro, uma outra forma de manifestação dos vulcões que não a lava ardente expelida com violência nos períodos de erupção. Só sei que, desde que começou a soar, o som nunca mais cessou. Não havia mais ― pelo menos, para mim ― a possibilidade do silêncio. Lembro vivamente do dia em que o percebi pela primeira vez. Era madrugada. Depois de um tempo desmedido rolando de um lado ao outro na cama tentando dormir, havia acabado de pegar no sono quando senti uma vibração. Por alguns momentos, julguei se tratar de um princípio de sonho, mas a vibração se mantinha, contínua; não era ainda um som propriamente dito. Em estado de semiletargia, presumi então que fosse algum intruso, talvez um ladrão, embora já não houvesse mais quem ainda tivesse disposição para roubar. Quem está aí?, tentei perguntar. Mas, para meu espanto, não consegui articular as palavras. Minha boca se recusava a abrir. Quem está aí?, quis perguntar mais uma vez, sem sucesso. Minha boca, no entanto, continuava fechada. Pensei, por uns instantes, que alguém a houvesse costurado enquanto eu dormia. Embora me parecesse impossível que isso tivesse ocorrido, vi-me passando a mão sobre os lábios para me certificar de que estavam livres. E estavam. Não havia sinal de linha cirúrgica, nem de linha de costura, muito menos de cola. Talvez eu não pudesse falar em função do longo tempo em que permanecera em silêncio. Ou quem sabe eu ainda não tivesse despertado de todo. Ainda sem tirar a cabeça do travesseiro, enfiei os cinco dedos entre os lábios e forcei a entrada, abrindo devagarzinho a mão. Os lábios se afastaram, mas os dentes continuaram cerrados. Mais desperto em função do esforço, sentei-me na cama e firmei o dedão direito nos dentes incisivos, que se projetavam levemente para frente. Empurrei-os com fúria para cima. A arcada superior resistia. Os molares superiores e inferiores pareciam grudados. Insisti. Empreguei toda a força de que dispunha naquela hora da madrugada, semiacordado, e continuei a empurrar. Conforme a arcada ia cedendo, ia depositando um a um os dedos da mão esquerda sobre os dentes inferiores, os quais compelia para baixo. A boca então foi se abrindo, aos poucos e com muita dificuldade. Meu maxilar doía como nunca havia doído antes. Com a boca aberta e completamente desperto, tentei novamente falar. Mas agora era a língua que se recusava a mover-se. Nessas alturas, já não me preocupava mais com a vibração que julgara ter sentido, mas com a desobediência de meu aparelho fonador, que dava mostras de que não mais respeitaria as ordens que o cérebro lhe enviava. Levantei-me da cama de um salto, escancarei ainda mais a boca com a ajuda das mãos e puxei todo o ar que tinha no peito. Queria expulsá-lo num grito. Senti o diafragma se contrair e, em seguida, relaxar, liberando o ar pela boca, mas sem articular o que quer que fosse. O que emergiu de mim estava longe de ser um grito. O máximo de som que consegui produzir foi um débil gemido, um ínfimo estertor, como o do moribundo em seus últimos instantes. Joguei-me na cama irritado e esmurrei o travesseiro de punho fechado até que saiu de dentro dele meia dúzia de penas. Uma nova vibração interrompeu meu ataque de ódio. Quem está aí?, quis perguntar mais uma vez, sentando-me novamente na cama. Mas não havia ninguém. Nunca houvera ninguém. O apartamento estava vazio desde antes do começo do mundo, desde aquele ano em que vulcões adormecidos há décadas, séculos, milênios despertaram repentinamente e ao mesmo tempo, cuspindo fogo por dias e dias seguidos, devastando ainda mais as cidades já arruinadas nos seus arredores. A esses vulcões, se juntaram outros que nunca deixaram de explodir a intervalos intermitentes, associados a terremotos de magnitude considerável. O mundo parecia estar entrando em convulsão. No entanto, da mesma maneira imprevista com que os vulcões se puseram em atividade, um dia, como que por encanto, serenaram ― e tudo o mais também serenou. Fez-se então o grande silêncio. Nenhum cálculo matemático foi capaz de prever a erupção simultânea desses vulcões há muito inativos. Nunca entendi ao certo a teoria do caos, mas confesso que, depois de ler sobre o efeito borboleta (que poderia, segundo alguns, ser uma possível explicação para a súbita atividade concomitante dos vulcões), gosto de imaginar que a culpa de tudo é minha, e isso faz de mim um deus e um carrasco. Nos infindáveis meses de solidão e recolhimento que antecederam o acontecimento dos vulcões, uma borboleta amarela surgia diante da minha sacada diariamente, sempre no mesmo horário, e ficava a dar voltas no ar por alguns minutos enquanto eu pegava sol e admirava o seu balé. Numa dessas tardes, estendi o braço para fora e ela pousou na minha mão. De perto, era ainda mais bonita do que em voo. O amarelo de sua asa resplandecia, solar. Depois de alguns instantes, ela voou e nunca mais apareceu. Meses depois, quando os vulcões entraram em erupção, lembrei dela. Se eu não tivesse interrompido seu voo, os vulcões teriam expelido lava, todos juntos a um só tempo? Seria mesmo possível que um evento tão breve e tão irrelevante como este tivesse grandes consequências? Talvez a noção de causa e consequência seja uma ilusão apenas humana, que não vale para os vulcões. Naquela madrugada em que ouvi o coro pela primeira vez, conforme as estrelas iam se pondo e a noite ia cedendo ao dia, a vibração foi se transformando num rumor mais audível e prolongado. Calcei meus chinelos, pus-me de pé e saí do quarto em busca da origem do barulho. Sem acender a luz, imaginando que no escuro poderia ouvir melhor, segui pelo corredor até a cozinha, onde parei e apurei os ouvidos. O rumor era o mesmo: nem mais alto, nem mais baixo. Abri as janelas basculantes para ver se havia alguma alteração. Nenhuma. Segui pela área de serviço até onde fica a máquina de lavar roupas e o varal. Lá, a janela permanecia aberta, mas não havia qualquer mudança: o som era sempre igual. Fui, por fim, até a sala e dali à sacada, de onde costumava ver a borboleta amarela se exibir. Quando me debrucei no parapeito e olhei para a nesga de horizonte visível entre a cordilheira de prédios que se estendiam por todos os lados, notei que amanhecia. Notei também que o som havia se alterado, mas não porque eu estivesse mais próximo da rua, mas porque, às primeiras luzes da alvorada, o rumor principiava a adquirir uma certa cadência. Minha respiração então se acelerou como se tivesse corrido, desesperado, por três ou quatro quadras, fugindo de assaltantes ou coisa pior. O coração começou a bater rápido e descompassado. Um tremor percorreu-me o corpo, indo da parte de baixo da espinha até o alto da cabeça. Soltei um gemido, o único som que conseguia emitir. Minhas pernas se amoleceram e, achando que ia cair, segurei-me com força no parapeito. Olhando para fora, para os postes de iluminação que começavam a se apagar, busquei controlar a respiração. Inspirei e expirei algumas vezes em ritmo lento até me acalmar por completo. Quando me recuperei, percebi que havia ejaculado. Meu pijama, na altura da virilha, estava completamente molhado. E o esperma seguia brotando do pênis, escorrendo pelas pernas e melecando os chinelos. Não parava. Não conseguia fazê-lo parar. Quando havia ficado ereto? Estava assim desde que acordei? Porém, não me lembro de sentir o pau duro quando ouvi a primeira vibração. Tampouco lembro do que estava sonhando. O ruído e, principalmente, a impossibilidade de falar haviam me desnorteado. Tentei me masturbar ali mesmo, na sacada, supondo ingenuamente que me esvaziaria de esperma e, assim, interromperia o fluxo. Mas não foi o que aconteceu. Eu continuava a jorrar. Quanto mais claro ficava o dia, mais eu gozava involuntariamente e mais distinto se tornava o som. Na sacada, percebi que o ruído não provinha da rua. Ou melhor, não se propagava desde a rua. Mas estava por toda parte. Atravessava o concreto das estruturas e das paredes do prédio como se fosse um fantasma cinematográfico. Não havia janela antirruído capaz de detê-lo. Ele as ignorava, assim como ignorava a altura: da rua, do salão térreo do edifício, do sétimo andar onde eu vivia ou do terraço do mais alto arranha-céu, era ouvido na mesma intensidade. Amanhecera e o som havia, afinal, se convertido num coro: o coro de vulcões. Era música, mas não o tipo de música a que fomos acostumados. Nem a música mais experimental composta por homens ou mulheres soava como aquele coro. Se o que eu passei a ouvir então era música, a vibração que lhe precedera lembrava a afinação de uma orquestra, aquele instante em que o som produzido pelos instrumentos tocados pelos músicos já posicionados em seus lugares ainda não tem forma. O coro, porém, não tinha esse caráter informe, preparatório. Ele já era o espetáculo ― o maior espetáculo da Terra. Todos os mil e quinhentos vulcões tomavam parte nele. Como atores impossibilitados de se mover pelo palco, assumiam seus papéis no concerto do lugar mesmo onde estavam, sem a necessidade de caminhar até a boca de cena. Assim, era inviável assistir à apresentação como um todo, porque ela se dava em toda parte, confundia-se com o planeta. Não havia ponto na Terra de onde fosse possível apreciar todos os vulcões ao mesmo tempo. Tampouco seria possível do espaço, já que, por ser uma esfera, a Terra jamais se dá a ver a um observador externo em toda a sua extensão. É certo, porém, que não havia algo a ser visto, mas ouvido. E o som chegava a todos os confins na mesma intensidade. Eu me deleitava pensando que a metáfora do mundo como teatro chegara à sua forma máxima ao mesmo tempo em que deixava de fazer sentido. Não era mais uma metáfora. E o mais bonito é que, nessa reencenação do teatro do mundo, quem parecia estar no comando não era mais alguma divindade, mas os próprios vulcões, os únicos atores com comunicação direta não com o que pode haver de mais alto e elevado, mas com o que há de mais baixo e profundo: a própria entranha ardente da Terra. Talvez não fosse música, cogitei, mas uma espécie de fala; todavia, uma espécie de fala musical só possível de ser compreendida pelos próprios vulcões. O magma era a linguagem deles e, ao mesmo tempo, canal de transmissão e recepção. No início, achei que fosse um coro constituído por um único naipe vocal (resisti a usar o adjetivo vocal para me referir ao som emitido pelos vulcões, mas não encontrei outro mais apropriado: não se tratava de voz, mas ao mesmo tempo não deixava de ser uma voz, contanto que consigamos esquecer, de uma vez por todas, o privilégio da voz humana). Contudo, quando eu fechava os olhos, era capaz de distinguir diferentes extensões e tessituras. E essas eram incontáveis, em muito maior quantidade do que aquelas que conhecíamos a partir da limitada música de homens e mulheres, ou mesmo da natureza não vulcânica. Não seria capaz de identificá-las e enumerá-las justamente porque fugiam às categorias vocais com as quais estava familiarizado. Também, no princípio, acreditei ser um coro que se exprimia em uníssono. Por um período, talvez até tenha sido. Mas não durou muito. De resto, com o decorrer dos dias, dos meses, dos anos, meus ouvidos se educaram a escutar a música dos vulcões. Hoje, percebo que as emissões, além de serem diversas, se alternam. Por vezes, os vulcões italianos, que têm todos um timbre muito parecido, se elevam e produzem um som, nem grave nem agudo, que se mantém estável, tal qual o motor de um ar-condicionado antigo ainda em funcionamento. A esse som, respondem, em uníssono, os vulcões chilenos e, em seguida, os mexicanos, também executando um som médio, mas diverso do dos italianos. Momentos depois, os da Islândia respondem, percorrendo a escala acústica do mais grave ao mais agudo. São, parece-me, os que têm o maior alcance. Reparei que os vulcões indonésios, talvez por serem muitos, se dividem em subgrupos de pouco mais de uma dezena em determinadas ocasiões (que não soube ainda precisar quais) e se alternam sucessivamente na emissão de um mesmo som, que parece imitar o som contínuo dos vulcões mexicanos. Esse som disperso dos vulcões indonésios costuma ser a deixa para a entrada dos vulcões japoneses e, depois, dos americanos. Os vulcões russos, por seu turno, secundam os africanos, quando estes elevam seu melhor agudo depois do quarteto formado pelo Etna, pelo Mauna Loa, pelo Villarrica e pelo Anak Krakatoa. Sentia, agora, que talvez soubesse reproduzir alguns dos cantos com assobios, mas nunca recuperei a capacidade de produzir qualquer som mais articulado para poder testar. Também nunca deixei de ejacular, mas o volume de esperma se reduziu consideravelmente em relação àquela madrugada. É mais um fio rarefeito mas interminável, como se prestes a terminar, mas sem jamais terminar. Já faz tempo que, por conta disso, desisti de usar roupas. Como não saio do apartamento, não vi problema em andar nu, mesmo quando vou à sacada. Nessa alvorada, no entanto, acordei ejaculando como da outra vez, aos borbotões. Levantei-me assustado, sem saber muito bem o que estava acontecendo. De pé e desperto, percebi que um solo se sobrepunha ao coro, que havia se transformado numa espécie de distante acompanhamento. O solista ― reconheci pelo timbre ― era o Eldfell, o vulcão que nascera algumas horas depois de mim há quarenta e oito anos e que nunca mais entrou em erupção. Não sabia explicar como agora entendia perfeitamente o que ele cantava. Era um canto longo e monótono, uma canção de alba ao modo dos vulcões: traçava um longo arco que ia da alvorada ao crepúsculo, do começo ao fim dos tempos. Iniciava com a separação dos planetas e com o nascimento dos vulcões não apenas na Terra, mas em todo o universo. Contava como a vida principiara e como tudo se desenvolvera desde então até a catástrofe e, desta, até o fim ainda por vir. Contudo, conforme o canto se aproximava da revelação final, menos nítido ele se tornava para mim. De súbito, passava da compreensão à incompreensão, e não entendia mais nada do que era cantado. Mas não era só eu. Os outros vulcões também pareciam não entender mais o que entoava seu companheiro e iam aos poucos se calando. Só o Eldfell sabia como tudo acabaria ― e o seu canto tomava agora a forma de um segredo.
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Veronica Stigger é escritora, professora e crítica de arte, autora de livros como Opisanie świata (Cosac Naify), Sul (Editora 34) e Sombrio ermo turvo (Todavia).
A pesquisa científica que inspirou essa história se chama Jangada Dinâmica e é coordenada pelo professor Yuri Lima, matemático da Universidade Federal do Ceará (UFC) e apoiado pelo Instituto Serrapilheira. Yuri fez doutorado no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e fez pesquisas de pós-doutorado em universidades de Israel, EUA e França. O projeto Jangada Dinâmica consiste em integrar pesquisadores das áreas de sistemas dinâmicos e teoria ergódica que atuam na região para buscar modelos que facilitem o estudo das propriedades qualitativas e ajudem a identificar a existência de caos na natureza.